Foi nos anos 70 que James Lovelock criou a teoria de Gaia,
segundo a qual o planeta teria uma tendência a manter-se estável, mais ou menos
como eu e você tendemos a ficar nos 36 de temperatura.
Apesar do belo
simbolismo de atribuir personalidade ao planeta, não há nada de cientifico nesta
“teoria”. Planetas são diferentes de seres vivos, que podem manifestar desejo.
Eis que na semana passada, vi o planeta todo, em pleno
funcionamento. Vi vulcões expelindo enxofre, assim como o arco de desmatamento
da Amazônia. Vi a poeira da China e do Deserto do Saara cruzando oceanos. Vi as
latitudes médias sem vento, que tanto problema causaram para os antigos
navegadores. Vi os vortexes de ar frio dos pólos que estão enterrando os norte
americanos em neve, e vi também as emissões das termo elétricas deles.
Tudo isto em somente 6 meses de dados do satélite GEOS5, que
é capaz de “enxergar” materiais em suspensão na atmosfera. Quando a NASA colocou
juntos estes 6 meses de imagens, tudo isto ficou visível na forma de um filme
que você pode ver neste link .
Nos anos 70, Lovelock e Margulis não tinham estas
ferramentas, então talvez recorreram a esta “mentirinha” para conseguir que as
pessoas tivessem uma percepção mais ampla do planeta.
Como cientista, você pode descobrir que a fuligem produzida
na China e Ásia está fazendo chover mais no Pacífico, mas sua descoberta vai
ficar escondida até que as pessoas enxerguem o que você está falando. E quando
enxergarem, talvez percebam a distante, porém real, conexão existente entre as
bugigangas produzidas na China com a falta de água na Califórnia. Igualmente
perceberão a conexão do churrasquinho inofensivo com o desmatamento e a falta
de chuvas.
Gaia foi uma mentira para chegar a um lugar correto, tal como
usar o Papai Noel para ensinar para crianças que existe bondade. Bem menos que
isto, se estas imagens conseguirem fazer com que as pessoas percebam que não é
possível reverter as mudanças do clima com ar condicionado ou pegar água do
vizinho quando ela escassear, já estarei feliz.
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