Há muitas pessoas otimistas com a
21ª COP em Paris.
Não sou uma delas.
As Organizações das Nações Unidas
nada fizeram em muitas décadas de vida, a não ser prover algumas pessoas com um
emprego chique, apesar das boas intenções.
Desde o propósito de sua criação,
de evitar uma terceira guerra mundial, passando pela ajuda humanitária e
atualmente a tentativa de evitar a catástrofe climática ambiental, ela sempre
andou atrás da iniciativas dos países, por um simples motivo: São os países que
detém o monopólio da violência, não a ONU. A ONU é uma cabeça sem corpo.
Na tentativa de justificar seus
salários e ternos, os participantes enfatizam a importância de um acordo com
validade legal (legally binding). Não
confundir com o filme legalmente loira (legally blond) apesar da
similaridade ainda maior que as
palavras.
Um acordo legal implica aplicação
de penalidade, que só pode ser feito
por alguém que estivesse acima das partes envolvidas. Se eu faço algo
errado para você, o Estado, acima de mim
e de você, me prende. Não havendo quem
possa fazer isso acima dos governos dos países, um acordo legal nada mais é do
que uma jura de amor. Pior ainda; uma jura de amor a ser cumprida por um sucessor de governo.
A contribuição de pessoas como
Elon Musk, Bill Mckibben, Annie Leonard e Naomi Klein é muito maior que a ONU
com seus prédios e hierarquia, que só fazem dispersar energia e abaixar a cabeça
para os países que pagam seus salários. Ao contrário, os líderes que escrevem
livros importantes, organizam passeatas e mostram ao mundo que estamos diante de
uma hecatombe, estão influenciando o voto. O mundo muda com atos individuais,
mas também com votos.
E para você que mora em Londrina
e não foi chamado a participar da reunião chique em Paris, amanhã haverá a 8ª
Reunião do Ambiente, onde sua voz pode ser ouvida. Há sempre muita gente para
reclamar dos problemas ambientais e da falta de educação das pessoas, mas poucas
querem investir um sábado para melhorar as coisas. Talvez por isso
preferimos que as reuniões sejam em algum lugar distante, como Paris
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